quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Decisões

Tinha que tomar algumas decisões, mas elas vieram mais naturalmente, mais organicamente, do que esperava. Nem pensei tanto quanto achava que iria ter que pensar, nem fiquei em um grande dilema, por mais que goste de Ciencias Sociais. Sinceramente, não precisei de muito tempo para pensar. Imaginava "deliberar" até a data que teria que invarivelmente decidir (dia da matrícula), mas eu já sei a resposta do aparente dilema. Mesmo estando com outras coisas para fazer, acho que já tomei minha decisão faz tempo. Talvez exatamente essas outras coisas a fazer me deram o exemplo do que quero.
Meu artigo. Há um capítulo em que falo da transparencia na teoria do estado, outro que falo dos conceitos de publicidade e propaganda, e um outro sobre a neutralidade da linguagem (com direito a Bakhtin e Kelsen, um de cada faculdade). Gosto da interdisciplinaridade. E acho isso um belo exemplo. Meu artigo é tanto de comunicação quanto de gestão pública - fui aceito para um congresso de gestão pública, mas muito bem poderia eventualmente ter sido aceito (talvez com pequenas mudanças) num congresso de comunicação. Caso eu não fizesse uma das duas, poderia até ter interesse pela outra área, mas não teria seus fundamentos para construir o que construi (não que seja grande coisa). Acho que esa visão multi-disciplinar, não se prendendo a uma só área, é muita boa, e me faz bem - faz bem ao próprio pensamento sociológico. O erro de muitos que atuam na área da sociologia (não só nela, claro) é ficar preso, restrito, ao discurso de sua área, às teorias que conhece, sem uma visao mais holística da sociedade, do mundo. Por isso decidi que posso ser melhor sociólogo não cursando ciencias sociais.
É claro que alguns fatores pesam na decisão, como o fato de faltar só mais um ano das matérias presenciais de Comunicação, ou a quantia que já gastei para isso. Mas eles não decidem por si. Não gostasse (muito) da faculdade (curso e turma) esses fatores, por si só, não me manteriam nela. Gosto das minhas faculdades, e acho que sempre soube que não iria mesmo abandoná-las.
Estou tranquilo e feliz, seguindo em frente no caminho que já escolhi há tempos. Boa sorte, futuros sociólogos do Brasil. Deus (n)os abençõe.

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