sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Aplicabilidades

Sabe de uma coisa que percebi? O marxismo até é bom, pode até estar certo, mas falta aplicabilidade a ele. Estava lendo Althusser, queria encaixá-lo no meu artigo (a propaganda enquanto aparelho ideológico do Estado), mas então percebi que não faz sentido, pois não há aplicabilidade sobre a vida real. De um lado tem o direito positivista do dever ser, do "não fazer publicidade pessoal" ao que se contrapõe uma perspectiva "filosofica" de que não há propaganda neutra, não há publicidade que não seja pessoal, e portanto a constituição é "incumprível". Contrapor filosofia ao direito pode até ser forçar a barra, mas é cabível. Mas e o marxismo nisso? A propaganda é mais um dos meios pelo qual Estado exerce a reprodução dos meios de produção e o domínio de classe. Tá, e daí? O que eu faço com isso? Saca? Pode até estar certo, mas se não tem "saídas", aplicabilidade ou "propositividade" (do verbo propositivo), então simplesmente ignora-se. Ou lima-se. Falta isso ao marxismo.

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