A mesa do meu computador, assim como meu quarto em geral, é extremamente mal-organizada. Isso é um eufemismo. Caos talvez seja a palavra que mais se aproxime da realidade. Em se colocando algo n'algum lugar, lá permanece. Há cerca de três meses, há um isqueiro quase na borda da mesa, esquecido por uma amiga que aqui esteve. Hoje peguei-o e fiquei olhando para ele, admirando-o. Ele não tem nada de especial, mas tem tudo de especial. Um girar de dedo, uma faisca, gás, e eis a chama brilhante, fogo portátil. É um isqueiro simples, desses básicos, comuns, vermelho, da marca bic. Fiquei admirando e pensando como a humanidade pode chegar a avanços tecnológicos tão fabulosos. Algumas pessoas se deslumbram com a tecnologia de ponta, com foguetes ou computadores. Eu não. Eu me deslumbro com tecnologias como essa. Por centenas de anos, milênios, o homem lutou pelo fogo. Conseguiu sua sobrevivência enquanto raça, e o inicio de nossa civilização, a partir do momento que dominou a arte de criar o fogo. É incrível pensar que algo que no passado foi fundamental para nos distinguir dos outros animais, algo que gerou guerras entre os povos primitivos, agora está a nossa disposição, já tão internalizado que nem damos atenção (parênteses: taí um bom tema de estudo: a internalização das tecnologias), que nem notamos sua maravilha. Está a nosso alcance, a um girar de dedos. Isso sim é tecnologia!
sexta-feira, 9 de julho de 2010
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