Minha amiga Débora aconselhou outro dia, já umas semanas, “você não deveria escrever sobre tudo que te acontece; só prejudica”. Outra questionou “o que você ganha falando mal dos outros?”. Ambas não se referiam aos posts políticos que foram tema dos escritos mais recentes, mas a outros escritos, mais antigos, em que critico algumas práticas (e) docentes. Não ganho nada falando mal dos outros, exceto o exercício, sempre embasado, de opinar. Gosto dele. Em verdade, não escrevo sobre tudo que ocorre comigo. Apenas algumas coisas que me inspiram posts, me inspiram a escrever. O tema colocado, indiretamente, é uma coisa que já questiono há algum tempo. Qual o campo e o objetivo desse blog? No Encontro de Blogueiros Progressistas, em São Paulo, sempre que passava o endereço de meu blog ia junto uma ressalva “é pessoal”. Depois que fui perceber que o “pessoal” soava como se fosse algo ruim, demeritório, tal como um caderno de confidencias. Sempre me esforcei, às vezes falhamente, para não torná-lo isso. Mas esse blog não se pretende neutro, puramente jornalístico ou político, nem apenas sobre assuntos gerais. Ultimamente têm pululado aqui esses assuntos, em virtude de uma série de fatores, como eles também fazerem parte de minha vida, mas o blog tem um autor e é sobre ele. Mas quais os limites? Também gosto de escrever, por assim dizer, textos jornalísticos. Creio que a indefinição de um público e um perfil exato para o blog pode ser tanto um aspecto negativo, que possa afastar pessoas ou não as conseguir atrair, quanto um aspecto positivo, que as possa atrair. Afinal, estou criando ou constituindo meu próprio estilo. Embora seja um caminho um tanto dúbio, no sentido de que trilho ao mesmo tempo duas estradas diferentes, creio que possa ser um caminho promissor.
sábado, 4 de setembro de 2010
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