Outro dia escrevi uma crítica às pessoas que ainda vivem sob signos dos pensamentos do passado, como o de Lasswell, ao tratar da recepção. Hoje, tive mais uma amostra disso, que parece se tornar algo comum em nosso meio. Artigo de Merval Pereira, publicado n'O Globo e no blog do Noblat, trata sobre o escândalo de Erenice Guerra envolvendo Dilma, e num determinado trecho revela seu pensamento um tanto preconceituoso. Vai a citação, retirada daqui.
Mas o tema é de difícil entendimento para a média do eleitorado brasileiro, e sua repercussão ficaria restrita a um eleitor mais bem informado se não surgisse essa série de denúncias de lobby com objetivos financeiros dentro do Gabinete Civil da Presidência da República.
As pesquisas, que continuam dando a vitória de Dilma no primeiro turno, mostram que, entre os eleitores que se dizem bem informados sobre as denúncias, e entre os mais escolarizados e com renda mais alta, já há uma mudança de atitude em relação à candidatura oficial.
Talvez isso seja o por quê de a oposição e a direita continuarem a fracassar, pois não conseguem entender o eleitor, o cidadão. Pelo racionicio de Merval, basta ser bem informado para concordar com ele. Ou seja, se todos não concordam, não é por que eventualmente possam discordar ou ter outro entendimento, mas por que ainda não alcançaram o grau de elevação suficiente para compreender seus argumentos. Eu me senti ofendido. Sou de classe média, leio jornais diariamente, faço duas faculdades, e sou extremamente bem informado. Entendo todas as denúncias e suas implicações, e ainda assim, apoio Dilma. Qual o argumento agora, Lassweell, digo, Merval?
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