Outro dia estava, em uma peculiar situação, debatendo com o Leandro, um dos veterano-mor do CTCOM, sobre a legalização da maconha. Reproduzi a tese, que tomei conhecimento ano passado através do Milhouse da Litoral, e a qual adotei. Em síntese: a maconha só é criminalizada pois isso atende aos interesses econômicos norte-americanos. Ao contrário do tabaco, que nutre a economia americana, a maconha vem de economias do terceiro mundo e só beneficia a essas economias. Essa tese é bem marxista, no sentido de que todas as relações são determinadas pela infra-estrutura, ou seja, a economia. Ele, estranhamente, discordou de mim. “Nem tudo é uma conspiração dos americanos. Boa parte, mas nem tudo”, disse. A frase é boa, e concordo, mas nessa questão acredito realmente existir interesses econômicos e políticos por detrás. O que eu penso sobre o assunto, independente de questões conspiratórias ou não, é o que segue.
Não acredito que a maconha tenha aspectos benéficos, ou que esses eventuais aspectos superem os aspectos negativos. Acredito que é uma droga e que provoque sérios danos aos indivíduos. Mas não vivemos em uma sociedade em que só existam coisas de aspectos positivo. Pelo contrário, nos deparamos todos os dias com drogas, talvez muito piores, pois são aceitas e toleradas socialmente: tabaco e álcool são só alguns exemplos, talvez os mais clássicos e visíveis. Isso para não falar no marketing, que tantas males provoca.. (ironia). É pura e absoluta hipocrisia alguém que bebe cotidiana e desmedidamente (ou mesmo moderadamente) criticar a maconha. Qual a diferença de ambos, além da anuência social? Ora, se é uma questões cultural, de costumes, lembre-mo-nos que a cultura é mutável. Existe uma similitude de malefícios entre álcool, tabaco e maconha, mas só esta última é criminalizada. Por quê? Aqui entra a tese dos interesses político-econômicos. Mas deixemos isso de lado. Próximo ponto.
Um grave problema social é a criminalidade que existe a partir do tráfico ilegal de drogas. Chegamos em um ponto no qual não conseguimos mais combater essa criminalidade, e sua subseqüência violência, com eficiência. Pragmaticamente falando, a melhor coisa que poderia ser feita para acabar com isso seria legalizá-los. Sob o guarda-chuva da lei, o Estado poderia tentar um controle de nãos mais eficiente do que tem hoje, algo similar ao que faz com o tabaco. Além do fator, claro, dos impostos. Já pensou quanto o governo poderia arrecadar com impostos sobre drogas? (outra ironia, mas nem tanto).
Por isso, meu posicionamento, é em defesa da legalização da maconha. Mas calma lá, pois ainda há grandes ressalvas. Não adianta a maconha ser legalizada apenas no Brasil. O que aconteceria se isso ocorresse, na contramão do mundo? O país que fizer isso apenas se tornaria um centro, um nicho, desse mercado. Atrairia usuários e “investidores” do setor, mas e aí? Tornaria-se talvez uma rota internacional para países em que o produto continuasse proibido. Por isso sou contra a legalização da maconha. Sou contra que ela seja legalizada de modo unilateral, apenas por um país. Se assim o for, trará mais danos que benefícios. Sou a favor sim, que ela seja legalizada mas em escala mundial. Então poderia haver uma mudança de paradigmas que trariam reais mudanças para a sociedade, sobretudo em relação ao combate à violência.
Não acredito que a maconha tenha aspectos benéficos, ou que esses eventuais aspectos superem os aspectos negativos. Acredito que é uma droga e que provoque sérios danos aos indivíduos. Mas não vivemos em uma sociedade em que só existam coisas de aspectos positivo. Pelo contrário, nos deparamos todos os dias com drogas, talvez muito piores, pois são aceitas e toleradas socialmente: tabaco e álcool são só alguns exemplos, talvez os mais clássicos e visíveis. Isso para não falar no marketing, que tantas males provoca.. (ironia). É pura e absoluta hipocrisia alguém que bebe cotidiana e desmedidamente (ou mesmo moderadamente) criticar a maconha. Qual a diferença de ambos, além da anuência social? Ora, se é uma questões cultural, de costumes, lembre-mo-nos que a cultura é mutável. Existe uma similitude de malefícios entre álcool, tabaco e maconha, mas só esta última é criminalizada. Por quê? Aqui entra a tese dos interesses político-econômicos. Mas deixemos isso de lado. Próximo ponto.
Um grave problema social é a criminalidade que existe a partir do tráfico ilegal de drogas. Chegamos em um ponto no qual não conseguimos mais combater essa criminalidade, e sua subseqüência violência, com eficiência. Pragmaticamente falando, a melhor coisa que poderia ser feita para acabar com isso seria legalizá-los. Sob o guarda-chuva da lei, o Estado poderia tentar um controle de nãos mais eficiente do que tem hoje, algo similar ao que faz com o tabaco. Além do fator, claro, dos impostos. Já pensou quanto o governo poderia arrecadar com impostos sobre drogas? (outra ironia, mas nem tanto).
Por isso, meu posicionamento, é em defesa da legalização da maconha. Mas calma lá, pois ainda há grandes ressalvas. Não adianta a maconha ser legalizada apenas no Brasil. O que aconteceria se isso ocorresse, na contramão do mundo? O país que fizer isso apenas se tornaria um centro, um nicho, desse mercado. Atrairia usuários e “investidores” do setor, mas e aí? Tornaria-se talvez uma rota internacional para países em que o produto continuasse proibido. Por isso sou contra a legalização da maconha. Sou contra que ela seja legalizada de modo unilateral, apenas por um país. Se assim o for, trará mais danos que benefícios. Sou a favor sim, que ela seja legalizada mas em escala mundial. Então poderia haver uma mudança de paradigmas que trariam reais mudanças para a sociedade, sobretudo em relação ao combate à violência.
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