Queria fazer um texto bem light, a partir de um tema absolutamente banal. Pensei nas coisas cotidianas, banais, que não renderiam, de forma alguma, um texto. Então veio-me à mente: coleção de selos. E o que que tem uma coleção de selos? Nada de especial. Ou tudo de especial. Eu não tenho coleção de selos, apesar de ter alguns guardados, nem meia dúzia. Acho que isso não faz de mim um colecionador. Mas por que as pessoas guardam selos, ou por que guardam quaisquer coisas? Coleções, eis aí o tema amplo.
Coleções, eu tenho. Tenho algumas. Gosto de colecionar camisetas, por exemplo. Destas temáticas, que só se usa uma vez na vida, enquanto naquela situação. Feira de profissões da Universidade, por exemplo. Eles distribuem as camisetas gratuitamente, como forma de divulgação. Uso durante o evento, mas não saio por aí com ela. Guardo-a, de lembrança daquela situação. A mesma relação tenho com viagens; sempre compro uma camiseta temática do local visitado, pelos mesmo motivos. Mas quais as relações por detrás disso? Por que as pessoas guardam essas relíquias, sejam selos, sejam camisetas, ou o que for?
A relíquia representa um bem sentimental, uma materialidade de algo. As lembranças são subjetivas e necessitam da materialidade para serem reforçadas e se realizar. Mas será que necessitam mesmo? Vejo a fotografia ser tratada assim. O registro do momento. Mais tarde, fotografias se tornam estes bens sentimentais. Mas, apesar de termos essas relações com este objetos, com essas relíquias, a gravação mais importante acontece não em um meio material, mas em nós mesmos. O objeto em si não representa nada, seja um selo, uma camiseta ou uma fotografia, somos nós que damos valor a ele. Ou seja, está em nós o valor, o bem sentimental. Eu mesmo tenho e gosto dessas materialidades, camisetas, fotos, e outras coleções, mas será mesmo que precisamos delas, uma vez que o valor está em nós? Como cantaria Leoni:
O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.
Coleções, eu tenho. Tenho algumas. Gosto de colecionar camisetas, por exemplo. Destas temáticas, que só se usa uma vez na vida, enquanto naquela situação. Feira de profissões da Universidade, por exemplo. Eles distribuem as camisetas gratuitamente, como forma de divulgação. Uso durante o evento, mas não saio por aí com ela. Guardo-a, de lembrança daquela situação. A mesma relação tenho com viagens; sempre compro uma camiseta temática do local visitado, pelos mesmo motivos. Mas quais as relações por detrás disso? Por que as pessoas guardam essas relíquias, sejam selos, sejam camisetas, ou o que for?
A relíquia representa um bem sentimental, uma materialidade de algo. As lembranças são subjetivas e necessitam da materialidade para serem reforçadas e se realizar. Mas será que necessitam mesmo? Vejo a fotografia ser tratada assim. O registro do momento. Mais tarde, fotografias se tornam estes bens sentimentais. Mas, apesar de termos essas relações com este objetos, com essas relíquias, a gravação mais importante acontece não em um meio material, mas em nós mesmos. O objeto em si não representa nada, seja um selo, uma camiseta ou uma fotografia, somos nós que damos valor a ele. Ou seja, está em nós o valor, o bem sentimental. Eu mesmo tenho e gosto dessas materialidades, camisetas, fotos, e outras coleções, mas será mesmo que precisamos delas, uma vez que o valor está em nós? Como cantaria Leoni:
O que vai ficar na fotografia
São os laços invisíveis que havia
As cores, figuras, motivos
O sol passando sobre os amigos
Histórias, bebidas, sorrisos
E afeto em frente ao mar.
Um comentário:
Acho que vou colecionar amigos.
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