sábado, 21 de novembro de 2009

Sobre amigos e festas

Tinha um post pronto para publicar sobre meu "trabalho" na federal, mas um novo assunto se faz necessário. Acordei a pouco, e estou escrevendo, lentamente, ainda tonto. É uma nova experiencia. Meu óculos está torto. Ontem fui na despedida do Ringo, na Centran. Centran, bom lugar pra festas. Saí da reunião do Centro Acadêmico e já emendei, direto. A noite começou já de cara com energético misturado com vokda. Muito, muito bom. Queria mais, mas tinha acabado. Um pouco de cerveja. Sei que estou bebado quando bebo cerveja (e eu virei) e não sinto o gosto ruim. Realmente não gosto de cerveja. Chegou mais energético, que bom! Segunda dose.. O copo era grande, alto, sabe? Bom. Dançei, talvez efusivamente demais, mas vou aprender a dançar a partir de agora quero dançar. Curioso como eu sou "teoricista"; mesmo para entender e viver a realidade, precisa duma teoria. Outro dia estava lendo sobre a virtualização do real. Não lembro se Baudrillard ou Virilio que falam que a dança e o teatro são as ultimas formas verdadeiras de arte, pois exigem a presença no real, mas demais formas de interação estão virtualizadas. Passei a dar mais valor à dança. Dançei. Depois inventaram uma brincadeira. Entrei na fila. Muito bom. Coloca-se sal sobre um pedaço de limão cortado em triangulo. Chupa-se o limão com sal, e segura na boca. Depois engole-se, por cima, uma dose de vokda (mais tarde substituida por velho barreiro, pois a smirnoff acabara). Segura-se tudo na boca. As pessoas ao lado sacodem sua cabeça, para misturar as coisas dentro da sua boca. Sua cabeça é o receptáculo de mistura. Engole-se. Muito bom. Uhul!!, gritei depois de engolir. Segunda vez. Depois da segunda estava bem louco já. Agarrei os peitos de uma menina. Desculpe, Karize, ao menos eu tenho uma desculpa. Fiz malabaris com uma garrafa, e consegui! A técnica até que não é dificil, a Gi ensina muita bem. Dancei, e fui um pouco chato para pessoas que até então eu não era chato. Quero ver como continuarão os relacionamentos a partir de agora. Terceira vez. Depois da quarta vez com a cabeça sendo sacudida, nem gritar mais eu consegui. Sentei um pouco, no sofazinho. Mas decidi ir pra casa, não queria passar a uma imagem muito.. sei lá. Diiculdade para se equilibrar na bicicleta. Dificuldade é eufemismo. Fui empurrando mesmo. Quase chegando em casa, quase fui assaltado. Um cara passou a me seguir, lado a lado. Uma quadra. Ele não pensou que eu já estava chegando, comentou algo sobre o centro (é caminho), pensou que eu ia pra lá. Parei. Abri a portão, entrei. Ele, parou também. Aproximou-se do portão, caminhando para abri-lo. Puxou um objeto pontiagudo. Sem óculos (acho, ou eu estava com óculos?) e ainda bebado, foi impossivel enxergar, sem nitidez ou foco. Provavelmente um canivete. Gritei "não, socorro". Ninguem ouviu, ninguem ouviria. Minha mãe já estava dormindo. Ainda bem que ele não sabia. Montou no bike dele, e saiu correndo. Odeio esses realismos da realidade, tal qual ser assaltado. Meu coração ainda bate forte, pela experiencia. Ainda bem, que acabou bem. Entrei em casa, empurrei para dentro minha bicicleta e subi pro quarto. PC ligado, e-mail aberto. Não vou mais fazer isso, deixar tudo ligado e aberto, quando sair para festas. "Responder a todos", cliquei em um e-mail, que nem havia lido. Tudo bem, pelo menos não foi nada muito demais. Deitei e dormi. Gosto do pessoal do Enuds. Gosto de todos meus amigos, sem preferencias. Gosto de ter amigos. Meus amigos da UTFPR brincam comigo, pelo pessoal ser mais "alternativo", pela temática da viagem a Minas, e congeneres. Mas fiz bons amigos por lá. Não preciso ser gay, para ter amigos gays. Gosto deles, pois são abertos a novas idéias e pessoas, e me sinto realmente acolhido entre eles. Gosto dos meus amigos gays, assim como gosto de meus amigos de Curitiba. Amo todos. E agora vou voltar a dormir.

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