Olá.
Esta é a primeira postagem nesse blog, então creio que devo explicitar alguns dos motivos que me levaram a criar este ambiente virtual, e o que dele espero.
Os fatores são muitos, mas creio que, provavelmente, o principal seja o desejo de um espaço para a criação, para a produção e o registro desta produção, deste pensamento. Um blog, tal qual um diário, é algo datado e curioso; curioso pois, tenho a certeza, em algum tempo (meses, anos...) talvez o leia e sinta aquela sensação de “o quão absurdo é isso; o quão ingênuo eu era”. Assim é hoje, quando leio coisas passadas, escritas por mim num tempo anterior. Tenho certeza que assim será com este blog no futuro: irei ler, até sentir vergonha, e terei vontade de apagar o passado. Contudo, o passado não se apaga. Ele deve ser mantido, pois faz parte da construção de quem somos. O processo é importante, e o registro desse processo também é. Nunca haverá um “eu” definitivo, portanto, não posso esperar para escrever depois; minhas opiniões de hoje são restritas, mas minhas opiniões de amanhã também serão.
Há tempo sinto essa vontade de produzir, de expressar minhas opiniões, gostos, análises, criticas, etc. Logo, esse é um espaço plural, aberto e multidisciplinar. Assim, uma espécie de misto entre espaço critico, anotamentos culturais, opinião, e até diário, por que não? Também quero, eventualmente, ver se resgato minha veio literária, promissora até tempos atrás, depois abandonada por uma série de fatores.
Essa necessidade de criar, nos últimos tempos, me levou a, muitas vezes, encher a caixa de e-mails de meus amigos, com textos que muitas vezes não lhes era, necessariamente, pertinente. Foi quando Mario, um amigo, deu a sugestão, que já havia cogitado anteriormente: “Crie um blog, e todos serão felizes”. A sugestão foi um referendo à idéia já cogitada; passou um tempo amadurecendo, e agora toma forma.
Um empecilho foi o titulo/endereço que este espaço teria. Empecilho relevante. Passei um tempo matutando as idéias, algumas até boas, outras esdrúxulas, que não convém aqui citar, até que cheguei neste Cadernos da Graciosa. E por quê? Acredito que representa uma das carcteristicas fundamentais de um blog, que é sua temporalidade. Explico. Já tentei, no passado, criar espaço semelhante e errei ao tentar formular algo “definitivo”. Um espaço do gênero é, em si, finito. Terá um fim determinado, em algum lugar do espaço-tempo, logo, é temporal. Um endereço deve reconhecer, e mais, refletir essa temporalidade. Assim, Cadernos da Graciosa reflete a temporalidade presente em que vivo, morando em Matinhos, e me desdobrando em viagens diárias a Curitiba. Aqui, Graciosa pode encontrar duas interpretações: a serra da Graciosa, que liga Curitiba ao Litoral do Paraná, ou mesmo a empresa de ônibus, que tomo diariamente para estas viagens. Que cada um interprete a seu gosto, ou mesmo encontre novos significados. E por que o “caderno”, se estamos em plena virtualidade? Ainda que não haja a materialidade do papel, o termo caderno aproxima-se daquilo que é artesanal, manual, a idéia do precioso caderno de notas. Sem contar que se Gramsci tem sua Cadernos do Cárcere, e Saramago seu Cadernos de Lanzarote, também terei os meus. Longe de mim comparar-me à estes monstros do pensamento; são apenas uma inspiração.
E para quem escrevo? Ora, seria hipocrisia dizer que escrevo para mim mesmo. Assim o fosse, salvaria no word e guardaria o arquivo offline. A publicação em si já demonstra uma busca por algo, no caso, esse algo seria leitura, a opinião do outro, e a externalização de minha própria opinião. Contudo, os leitores não são um ponto sine qua non deste espaço. São muito bem-vindos, desejados, mas ainda que não existam pretendo continuar com a escrita. Veremos por quanto tempo. Mas e a periodicidade, Márcio? Ora, não creio ter um dia certo para a publicação, mas pretendo escrever ao menos uma vez por semana (ou mais), provavelmente nos fins de semana. Ou não. Encontrando tempo, escreverei durante a semana. Ou não. Afinal, não dá pra saber quando a inspiração virá. Mas como escrever é mais prática que inspiração, não aguardarei sentado por ela, a buscarei onde estiver.
E agora este texto de inauguração se encaminha para sua conclusão; sinto que não disse tudo que devia, que deixei algo para trás, mas ora, não é sempre assim na vida? Deixando coisas para trás, fazendo nossas escolhas, e definindo novos caminhos a serem seguidos.
Esta é a primeira postagem nesse blog, então creio que devo explicitar alguns dos motivos que me levaram a criar este ambiente virtual, e o que dele espero.
Os fatores são muitos, mas creio que, provavelmente, o principal seja o desejo de um espaço para a criação, para a produção e o registro desta produção, deste pensamento. Um blog, tal qual um diário, é algo datado e curioso; curioso pois, tenho a certeza, em algum tempo (meses, anos...) talvez o leia e sinta aquela sensação de “o quão absurdo é isso; o quão ingênuo eu era”. Assim é hoje, quando leio coisas passadas, escritas por mim num tempo anterior. Tenho certeza que assim será com este blog no futuro: irei ler, até sentir vergonha, e terei vontade de apagar o passado. Contudo, o passado não se apaga. Ele deve ser mantido, pois faz parte da construção de quem somos. O processo é importante, e o registro desse processo também é. Nunca haverá um “eu” definitivo, portanto, não posso esperar para escrever depois; minhas opiniões de hoje são restritas, mas minhas opiniões de amanhã também serão.
Há tempo sinto essa vontade de produzir, de expressar minhas opiniões, gostos, análises, criticas, etc. Logo, esse é um espaço plural, aberto e multidisciplinar. Assim, uma espécie de misto entre espaço critico, anotamentos culturais, opinião, e até diário, por que não? Também quero, eventualmente, ver se resgato minha veio literária, promissora até tempos atrás, depois abandonada por uma série de fatores.
Essa necessidade de criar, nos últimos tempos, me levou a, muitas vezes, encher a caixa de e-mails de meus amigos, com textos que muitas vezes não lhes era, necessariamente, pertinente. Foi quando Mario, um amigo, deu a sugestão, que já havia cogitado anteriormente: “Crie um blog, e todos serão felizes”. A sugestão foi um referendo à idéia já cogitada; passou um tempo amadurecendo, e agora toma forma.
Um empecilho foi o titulo/endereço que este espaço teria. Empecilho relevante. Passei um tempo matutando as idéias, algumas até boas, outras esdrúxulas, que não convém aqui citar, até que cheguei neste Cadernos da Graciosa. E por quê? Acredito que representa uma das carcteristicas fundamentais de um blog, que é sua temporalidade. Explico. Já tentei, no passado, criar espaço semelhante e errei ao tentar formular algo “definitivo”. Um espaço do gênero é, em si, finito. Terá um fim determinado, em algum lugar do espaço-tempo, logo, é temporal. Um endereço deve reconhecer, e mais, refletir essa temporalidade. Assim, Cadernos da Graciosa reflete a temporalidade presente em que vivo, morando em Matinhos, e me desdobrando em viagens diárias a Curitiba. Aqui, Graciosa pode encontrar duas interpretações: a serra da Graciosa, que liga Curitiba ao Litoral do Paraná, ou mesmo a empresa de ônibus, que tomo diariamente para estas viagens. Que cada um interprete a seu gosto, ou mesmo encontre novos significados. E por que o “caderno”, se estamos em plena virtualidade? Ainda que não haja a materialidade do papel, o termo caderno aproxima-se daquilo que é artesanal, manual, a idéia do precioso caderno de notas. Sem contar que se Gramsci tem sua Cadernos do Cárcere, e Saramago seu Cadernos de Lanzarote, também terei os meus. Longe de mim comparar-me à estes monstros do pensamento; são apenas uma inspiração.
E para quem escrevo? Ora, seria hipocrisia dizer que escrevo para mim mesmo. Assim o fosse, salvaria no word e guardaria o arquivo offline. A publicação em si já demonstra uma busca por algo, no caso, esse algo seria leitura, a opinião do outro, e a externalização de minha própria opinião. Contudo, os leitores não são um ponto sine qua non deste espaço. São muito bem-vindos, desejados, mas ainda que não existam pretendo continuar com a escrita. Veremos por quanto tempo. Mas e a periodicidade, Márcio? Ora, não creio ter um dia certo para a publicação, mas pretendo escrever ao menos uma vez por semana (ou mais), provavelmente nos fins de semana. Ou não. Encontrando tempo, escreverei durante a semana. Ou não. Afinal, não dá pra saber quando a inspiração virá. Mas como escrever é mais prática que inspiração, não aguardarei sentado por ela, a buscarei onde estiver.
E agora este texto de inauguração se encaminha para sua conclusão; sinto que não disse tudo que devia, que deixei algo para trás, mas ora, não é sempre assim na vida? Deixando coisas para trás, fazendo nossas escolhas, e definindo novos caminhos a serem seguidos.
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