O "Paradoxo de Alencar" foi criado por Lula. Para os que dizem que ele não contribuiu para a ciência, aí está. Na verdade, ele só fez a ação que deu origem a este conceito. Na verdade, esse conceito, assim batizado de "Paradoxo de Alencar", até onde sei, é meu. Não o criei, apenas o batizei dessa forma. Mas reconheçam, é um belo nome. Mas o que é isso afinal? Me recordei de episódio que ocorreu uns anos atrás, e que, salvo engano, foi analisado por Elio Gaspari. Lula, em algum momento de seu mandato que já não me recordo, nomeou o seu vice-presidente, José Alencar, para o Ministério da Defesa. Onde está o conflito, o paradoxo? Ora, o presidente nomeou para um cargo demissionário (que ele pode dispor, e demitir) alguém que exerce uma função que ele não pode demitir, o vice-presidente da república. Alencar, ao mesmo tempo, passou a ser vice-presidente (não demitivel nem subordinado ao presidente) e ministro (alguém demissivel e subordinado a autoridade do chefe). Fossem outros anos, estava formado o cenário para uma crise institucional. Felizmente, os tempos são outros e nossas instituições fortes. Lula e Alencar, amigos, encerraram o episódio sem conflitos nem tentativas de golpes de estado. Daí o conceito de "Paradoxo de Alencar". E por que me lembrei disso agora? Vivi esses dias situação análoga à do Paradoxo de Alencar. Na disciplina de "Textos Jornalisticos" concebemos, ao longo do semestre, um jornal, que é impresso e distribuido pela universidade. Cada um assume seus papéis no jornal. Chefe de edição, pauteiro, captação de recursos, e reporteres, que fazem as matérias. Me postulei e assumi a posição de Chefe de Edição, responsável pela coordenação do jornal, revisão e aprovação das matérias. Mas como gosto de inventar coisas a mais para fazer, e também gosto de escrever, e também gosto da prática jornalística, então também quis fazer uma matéria. Juntei-me ao Gaucho, e acertamos de fazer uma juntos. Coloquei-me em uma situação de Paradoxo de Alencar. Como Chefe de Edição componho, junto com Sissa, a pauteira e Nina, a moça das grandes verbas (hehee) o que no jargão chama-se "aquário", ou seja, a sala dos chefes do jornal. Daí o piada que fiz outro dia, via twitter, "o aquário manda". A Sissa, como pauteira, faz a pauta. Meio obvio, né? Ela dá as orientações aos reporteres, que a seguem. Eu, como reporter, teria que a seguir. Contestei alguns aspectos, e, nesse debate, foi senti que as relações não estavam muito bem delimitadas. Afinal, quem era eu? Editor ou reporter? Felizmente, hoje, as coisas caminharam para uma solução em comum. Gostei de suas sugestões para pauta. As coisas estão certas. Mas poderiam não estar. Fica o alerta para o futuro, uma lição aprendida, para não repetir a situação. Paradoxos de Alencar são complicados, e não devemos entrar neles.
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário