Semestre passado queria muito fazer francês. Infelizmente, na UTF não tinha horário à tarde, compativel com meus horários. Lamentei-me muito. Esse semestre, tinha. Matriculei-me. Fui à primeira aula. Insossa como costumam ser as primeiras aulas. Fui à segunda, mas não estava presente em alma. Fiquei lendo um texto, sobre políticas fiscais, para um trabalho que já tinha que entregar naquela noite. Segunda passada não fui, nem lembro por quê. Hoje, quarta, também não fui, por falta de motivação. Não gostei muito, apesar de só ter ido a uma aula. Me pareceu meio difícil, apesar de um amiga dizer que não. Creio mesmo que ela esteja certo, e tenho sido meus olhos à primeira vista. Como semana que vem também não irei (estarei viajando para Brasilia) creio que tenha perdido um tempo não recuperável. E ainda que pudesse recuperar, não estou disposto. Quis tanto fazer francês, e agora não me entusiasma mais. Irei protocolar o trancamento amanhã, quinta. Pedir o ressarcimento do valor pago. Na vida a gente enfrenta trade-off's e isso implica um custo de oportunidade, foi uma das poucas, talvez única, coisas que aprendi na aula de economia. Em um semestre tão corrido, em que as aulas na Federal finalmente passaram a ser aulas de verdade, puxadas e com cobrança, não creio que queira dedicar duas tardes da minha semana a isso. O ganho (o básico do básico da lingua) não compensaria o tempo dedicado, que poderei usar para outras coisas. Já desisti de minhas pretensões de cursar um mestrado ou doutorado na França, desejo alimentado por algum tempo. Entre outros motivos (falta de disposição/habilidade para dominar essa lingua) está a lógica de que se eu quero pensar o Brasil, a minha terra, devo fazer isso nela, e não longe. Ainda assim, fico meio assim, de abandonar alguma coisa. Parece desistencia. É desistencia. Mas na vida temos que desistir de algumas coisas. A vida é feita de nossas escolhas, e não podemos escolher tudo. Desitimos de alguma coisa, em beneficio de outra. Academia, é um projeto antigo, sempre acalentado. Quem sabe, quem sabe. Abandonar o intelecto (lingua estrangeira) pelo físico seria um simbólico gesto rumo a um equilibrio. Talvez. Ou não. Ainda acho bonito o francês. Lingua dos nobres. No passado, todos tinham como obrigação aprender frances e latim. Lingua nobre. Gostaria de aprender. Quem sabe um dia. Mas não dessa vez. Pena.
quinta-feira, 11 de março de 2010
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